A iniciativa vai ser apresentada durante a Conferência Internacional sobre a Recuperação da Ucrânia (URC 2023), que vai decorrer na capital britânica entre quarta e quinta-feira.

O pacto, refere um comunicado, promove o comércio, o investimento, a partilha de conhecimentos e a prática empresarial responsável na Ucrânia, assegurando a reconstrução como uma economia resistente, ágil e próspera.

BT, Rolls-Royce, Virgin, Oracle, Sanofi, Philips, Hyundai Engineering e Citi estão entre as empresas envolvidas.

A URC 2023 também vai debater um enquadramento para seguros contra os riscos de guerra para aumentar a confiança dos investidores e ajudar a desbloquear investimento privado para a reconstrução da Ucrânia.

São esperados mais de mil participantes no evento de pelo menos 60 países, dos quais cerca de 40 a nível ministerial, bem como líderes de organizações internacionais, representantes da sociedade civil e dirigentes empresariais.

Na Cimeira URC 2022, realizada em Lugano, na Suíça, o Governo ucraniano apresentou um “Plano de Recuperação Nacional da Ucrânia” para 10 anos, no valor de 750 mil milhões de dólares.

Só em 2023, o Banco Mundial estimou que a Ucrânia vai precisar de 14 mil milhões de dólares (12,6 mil milhões de euros) para a reconstrução crítica e prioritária, bem como investimentos de recuperação.

O Reino Unido vai anunciar na quarta-feira um pacote de financiamento de três mil milhões de euros, destinados a reforçar a estabilidade económica da Ucrânia e apoiar serviços públicos, como o funcionamento de escolas e hospitais, refere o mesmo comunicado.

O pacote inclui 3.000 milhões de dólares de garantias para empréstimos do Banco Mundial ao longo de três anos e 240 milhões de libras de investimento internacional britânico.

Segundo Londres, este pacote eleva a assistência não militar do Reino Unido à Ucrânia a mais de 4,7 mil milhões de libras (5,5 mil milhões de euros).

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.