Segundo dados da transportadora estavam previstos 694 comboios neste período e foram suprimidos 560, um nível de supressão de 80,7%. A CP tinha estimados 137 comboios em serviços mínimos e foram realizados 134.

No serviço de longo curso circularam apenas cinco comboios, de 39 estimados e no regional a CP realizou 35 composições em 167 previstas.

Nos urbanos de Lisboa foram realizados 58 comboios em 329 programados e no Porto apenas circularam 31 em 140 previstos. Nos urbanos de Coimbra, realizaram-se cinco comboios em 19 estimados.

Num comunicado publicado hoje no seu ‘site’, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) disse que a greve dos trabalhadores da IP, que gere as redes ferroviária e rodoviária, “regista uma forte adesão, que tem como consequência uma enorme perturbação da circulação ferroviária de comboios de passageiros e mercadorias e a suspensão, no dia de hoje, das inúmeras obras que decorrem nas infraestruturas, assim como a paralisação das diversas atividades destas empresas”.

A Fectrans recordou que “os trabalhadores lutam pela negociação do aumento intercalar, tal como aconteceu noutras empresas públicas e reclamam, nos termos do compromisso assumido pelo ministro da tutela no passado dia 08 de maio, que se inicie a revisão das carreiras profissionais, tal como já decorre nas outras empresas”.

A Federação disse ainda que o Governo “deu uma orientação para as empresas públicas, que cumpriram e onde se fizeram acordos, só a administração da IP é que não cumpriu”.

Em comunicado hoje divulgado, a IP disse, por sua vez, “que garantiu a abertura de canal ferroviário para realização de todos os comboios definidos como serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral (CES), em decisão que condicionou e limitou a circulação ferroviária a aproximadamente 25% do serviço ferroviário diário dos operadores CP e Fertagus".

Além disso, a IP "informa que registou uma adesão à greve de 2,8% dos trabalhadores previstos ao serviço".