"Acha que o prazo até ao Natal faz sentido para a primeira habitação", perguntou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a Bruno Gomes, vereador da autarquia de Pedrógão Grande, durante a visita às obras de reconstrução de uma casa na aldeia de Figueira, onde residiam cinco pessoas, três adultos e duas crianças.

Durante a visita, acompanhado do primeiro-ministro, António Costa, às obras de reconstrução de duas habitações afetadas pelo incêndio que eclodiu há dois meses em Pedrógão Grande, o chefe de Estado voltou a manifestar a intenção de passar a quadra natalícia numa das habitações que espera ver concluída nessa altura, daqui a pouco mais de quatro meses.

"Das 80 casas, se calhar vamos ter para aí 20 prontas em dezembro. E mais 20 em janeiro, mais 20 em fevereiro e outras 20 em março" de 2018, respondeu o vereador, não se comprometendo, a exemplo de um empreiteiro, com o prazo até final do ano.

O autarca disse que o problema está no tempo que podem demorar os projetos "porque cada casa tem o seu próprio projeto" ao que Marcelo replicou: "não comece a adiar tudo, este homem já está com o defeito dos políticos", brincou.

O Presidente da República frisou que o problema de um calendário de 20 casas por mês até ao início da primavera de 2018 "é que depois é difícil de explicar aos 20 que ficam para março ou abril porque é que houve 20 que foram em janeiro ou fevereiro".

O autarca do executivo de Pedrógão Grande pediu "um bocadinho de tempo" para a reconstrução das habitações afetadas - 260 no concelho, 60 das quais em ruínas ou em mau estado - frisando que em muitas habitações as pessoas "vão viver melhor do que viviam".

"Isso também é uma parte nobre, dar um bocadinho mais a pessoas que perderam tudo", declarou Bruno Gomes.

Já noutra reconstrução, na residência de uma idosa em Aldeia das Freiras, freguesia de Vila Facaia, uma casa que ficou completamente destruída e onde as obras também já avançaram, Marcelo Rebelo de Sousa assegurou: "Esta é até ao natal".

O Presidente da República manifestou a intenção de ali se deslocar para "inaugurar" as obras e passar o Fim do Ano, tendo questionado o empreiteiro nesse sentido, que, no entanto, não se comprometeu com o prazo "indicado" pelo Presidente da República.

"Vamos tentar", disse o responsável.

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