Marcelo Rebelo de Sousa deixou esta mensagem perante a ministra da Defesa, Helena Carreiras, e os chefes dos três ramos militares, durante a sessão solene de abertura do ano académico de 2022/2023 do Instituto da Defesa Nacional (IDN), em Lisboa.

Segundo o chefe de Estado, a guerra desencadeada pela Federação Russa na Ucrânia “tornou ainda mais inevitável que a Segurança e a Defesa tenham uma nova dignidade na hierarquia das políticas públicas, quer na afetação de recursos quer na dimensão cooperativa presente nas alianças e organizações multilaterais”.

“É fácil falar na prioridade que representa no contexto atual o desafio da segurança e da defesa. Mais difícil é concretizá-lo não em promessas, mas em factos, em termos de prioridade da comunidade e dos poderes políticos nesses domínios fundamentais”, acrescentou.

A “primeira palavra” do Presidente da República nesta sessão solene foi para aqueles que nas Forças Armadas, dentro e fora de Portugal, “servem neste momento a pátria, esperando sempre que a pátria corresponda ao seu serviço corajoso e devotado”.

Na sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se também ao processo em curso de revisão do Conceito Estratégico de Defesa Nacional, considerando que deve ser “mais anglo-saxónico do que latino, enxuto, claro na forma como no conteúdo, flexível”.

“Elegendo as verdadeiras prioridades e dispensando o rol de sonhos, desafios, ações concretas que irresistivelmente tendem a povoar aquilo que deve ser sobretudo um roteiro essencial transformando-o num enunciado de tudo o que possa existir na terra e nos céus”, completou.