“Quero falar. Obrigue o ministro da Educação a respeitar-nos, porque de facto, seis anos, seis meses e 23 dias roubados numa carreira que já em si é tão desvalorizada”, pediu ao Presidente da República uma professora, à chegada à Feira do Queijo, em Celorico da Beira.

No decorrer da lista de problemas que os professores querem ver resolvidos, Marcelo Rebelo de Sousa foi dizendo “e ainda faltam mais coisas” e lembrou os profissionais ali presentes que também ele é professor.

A coordenadora da direção distrital da Guarda do Sindicato dos Professores da Região Centro, Sofia Monteiro, entregou uma carta aberta ao PR “representativa dos professores de todo o país”.

“É uma carta apelo a que interceda junto do primeiro-ministro para que as próximas negociações sejam de negociação efetiva para que possamos resolver os problemas que o sistema educativo tem e que os professores enfrentam neste momento”, disse Sofia Monteiro.

Em resposta, o Presidente da República disse: “Eu acho que vão correr bem, é preciso ter paciência” e reforçou que é professor e, por isso, disse compreender “perfeitamente” as reivindicações.

Uma resposta que foi interrompida pelos professores para afirmar que “um país que não investe na educação e que considera que a educação é uma despesa, não tem futuro, senhor Presidente” e deixou o convite para participar na manifestação deste sábado, em Lisboa.

Questionado pelos jornalistas, O chefe de Estado defendeu que as negociações “vão avançando, talvez muito lentamente, talvez ainda com pontos fundamentais como seja o número de vinculados, como seja o problema da recuperação do tempo a serem mais difíceis”.

“Mas eu persisto em acreditar que vale a pena negociar e percebo a persistência dos professores e a abertura de todos à negociação”, afirmou.