"Acabei de promulgar o diploma que decreta luto nacional por três dias". Começou assim a comunicação do Presidente da República ao país. De luto e de dor nacionais efetivamente se trata, sublinhou Marcelo. "A nossa dor neste momento não tem medida como não tem medida a solidariedade de todos nós com as famílias das vítimas da tragédia de Pedrógão Grande".

"Uma só morte em tais circunstâncias é sempre uma tragédia. Tantas dezenas de mortes representam uma tragédia quase sem precedente na história de Portugal democrático", continuou o presidente.

"É uma hora de dor, de combate, de resistência, de ânimo redobrado e renovado", disse Marcelo Rebelo de Sousa, enumerando em seguida todas as forças e partes envolvidas na tragédia que assolou o país e, em mais em concreto, os concelhos de Leiria que sofreram as mais pesadas perdas de que há memória: bombeiros, proteção civil, INEM, Guarda Nacional Republicana, Polícia Judiciária, Forças Armadas, autarquias locais, estruturas de saúde e sociais, povo anónimo. "A nossa ilimitada gratidão e o nosso incondicional apoio. Com eles estarei de novo nos próximos dias a partir já de amanhã", rematou.

O presidente recordou ainda as mensagens de apoio e "o testemunho amigo de personalidades tão diversas" quanto o Papa Francisco, o rei de Espanha, os presidentes da República de Cabo Verde, da Alemanha, da França e também da República Checa, da Grécia, secretário geral das Nações Unidas, o presidente da Comissão Europeia e o princípe Aga Khan. "Uma palavra especial para o presidente da Colômbia que acaba de me confirmar o cancelamento da visita de Estado prevista para depois de amanhã", revelou também.

"Nesta hora há também interrogações e sentimentos que não podem deixar de nos angustiar. A começar por um sentimento de crescida injustiça, porque a tragédia atingiu aqueles portugueses de quem menos se fala, de um país rural, isolado, com populações dispersas, mais idosas,  mais difíceis de contactar, de proteger e de salvar. Guardemos contudo no imediato estes e outros sentimentos que legitimamente nos sobressaltam, inconformistas que somos no mais fundo do nosso coração."

"Sem nos esquecermos, concentremos agora a nossa bondade no essencial: prosseguir o combate em curso, manter e alargar de forma ativa e consequente a nossa solidariedade a quantos sofreram e ainda sofrem a tragédia, demonstrando que nos instantes mais difíceis da nossa vida como nação somos como um só. Por Portugal", finalizou o presidente.

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