“Gostaria [de ir] no sentido em que há um convite feito há muitíssimo tempo do Presidente Zelensky. É evidente que gostaria muito de ter essa oportunidade, até porque o relacionamento com o Presidente ucraniano foi, desde o momento em que ele foi eleito, muito bom”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, à chegada a Varsóvia para uma visita oficial de dois dias.

O chefe de Estado recordou que quando o primeiro-ministro, António Costa, viajou até Kiev para encontrar-se com Volodymyr Zelensky, em maio de 2022, o Presidente da República recorreu a uma “expressão muito vaga e genérica”.

“Ele [António Costa] tinha um compromisso em países vizinhos e eu disse: ‘Não sei se haverá condições para se deslocar à Ucrânia'”, completou, retorquindo que “é mais fácil ir à Ucrânia estando em países próximos”, como é o caso com esta visita à Polónia, país que faz fronteira com o território ucraniano.

Contudo, o chefe de Estado rejeitou ir mais longe na especulação sobre uma possível visita “por razões de segurança”.

“Se a questão se colocasse aqui era também uma questão de paciência (…), exige um bocadinho mais de paciência saber se há condições”, completou, recordando que ficou estabelecido que entre as altas figuras do Estado português, o Presidente da República “ficaria para o fim”.

O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, visitou Kiev em maio deste ano.

O convite feito a Marcelo Rebelo de Sousa pelo homólogo ucraniano foi feito ainda em 2022, pela altura da visita de António Costa.