O protesto, promovido pela Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI), iniciou-se pelas 15:30 nas Quatro Estradas (Loulé) e terminou duas horas e meia depois no concelho de Lagoa, num percurso com cerca de 40 quilómetros, acompanhado por batedores da Guarda Nacional Republicana.

A caravana, composta por cerca de duas dezenas de veículos, provocou perturbações na circulação do trânsito na EN125, protesto que foi entendido pelos condutores "como importante e necessário para acabar com a cobrança na Via do Infante".

Os manifestantes exigem o fim das portagens na Via Infante de Sagres (A22), a antiga Scut (autoestrada Sem Custos para o Utilizador), considerando que com portagens, "a mesma não é alternativa à Estrada Nacional 125, estrada reconhecida como uma das mais perigosas do país".

"Este protesto é mais uma demonstração de que a luta contra as portagens irá continuar até que o Governo reverta a situação, ou seja, decida acabar com o pagamento na A22", disse à agência Lusa João Vasconcelos, deputado do Bloco de Esquerda e dirigente da CUVI.

Para o dirigente do movimento cívico, a marcha lenta "é uma forma de dizer ao Governo que já chega de tanta tragédia na EN125, com o registo de mais de dez mil acidentes".

"É uma tragédia que tem de acabar e, na nossa opinião, a isenção de portagens na Via do Infante iria diminuir o trânsito rodoviário na EN125, aumentando a segurança de quem por ali tem de circular", destacou.

O também parlamentar e candidato à Câmara de Portimão frisou que "a luta vai continuar, com o pedido de audiências ao Presidente da República e ao primeiro-ministro, iniciativas que estão a ser agendadas para breve".

João Vasconcelos considerou ainda que as portagens, que vigoram desde 2011 na A22, "são um travão ao desenvolvimento do Algarve, afetando negativamente o turismo, principal motor da economia da região e do país".

"O Algarve perde competitividade no turismo e o Governo tem de reverter a situação e acabar com as portagens", concluiu.

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