Em mensagens publicadas na sua conta na rede social twitter, o presidente da assembleia europeia aponta que Portugal e a Europa perdem “um visionário, um pragmatista, um reformista, um lutador e um democrata”.

“Como progressista, Soares é mais que uma figura histórica: é uma inspiração. Promoveu a liberdade, a igualdade e a dignidade. O seu legado vai perdurar”, escreve Schulz.

O presidente do Parlamento Europeu, também ele socialista, acrescenta ainda que Mário Soares “trouxe Portugal para o coração da família europeia” – referindo-se ao seu papel no processo de adesão à União Europeia -, proporcionando desse modo “aos cidadãos portugueses mais prosperidade, proteção social e liberdades”.

Mário Soares morreu hoje, aos 92 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internado há 26 dias, desde 13 de dezembro.

O Governo decretou três dias de luto nacional, a partir de segunda-feira.

Soares desempenhou os mais altos cargos no país e a sua vida confunde-se com a própria história da democracia portuguesa: combateu a ditadura, foi fundador do PS e Presidente da República.

Nascido a 07 de dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares foi fundador e primeiro líder do PS, e ministro dos Negócios Estrangeiros após a revolução do 25 de Abril de 1974.

Primeiro-ministro entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, foi Soares a pedir a adesão à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1977, e a assinar o respetivo tratado, em 1985. Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e foi Presidente da República durante dois mandatos, até 1996.