Na rede social Twitter, Zelensky escreveu: “Felicitei Giorgia Meloni pela sua nomeação como primeira-ministra de Itália. Tenho esperança numa cooperação mais frutuosa. Abordámos a integração da Ucrânia na União Europeia (UE) e na NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental). Falei-lhe da atual situação no nosso país e convidei-a para visitar a Ucrânia”.

Sobre a conversa telefónica com Zelensky, Giorgia Meloni disse que reiterou o total apoio do Governo italiano a Kiev, no âmbito das alianças internacionais nas frentes política, militar, económica e humanitária e para a futura reconstrução da Ucrânia.

A chefe do novo executivo italiano confirmou igualmente o compromisso de Itália de empreender todos os esforços diplomáticos possíveis no sentido de pôr fim à agressão da Federação Russa à Ucrânia, indicou o seu gabinete.

Meloni expressou ainda a esperança de que seja renovado um acordo para a exportação de cereais dos portos ucranianos, um pacto fundamental para impedir uma eventual crise alimentar, acrescentou o seu gabinete.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 247.º dia, 6.374 civis mortos e 9.776 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.