O bloco composto pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai referiu, num comunicado divulgado hoje, que “os únicos meios aceitáveis para a promoção da democracia são o diálogo e a diplomacia”.

E acrescentou: “O repúdio à violência e a qualquer opção que envolva o uso da força é inalienável e constitui a base fundamental do convívio democrático, tanto no plano interno como no plano das relações internacionais”.

Na sexta-feira, Trump admitiu uma “possível opção militar” na Venezuela, país que atravessa uma grave crise política.

“Temos várias opções para a Venezuela, incluindo uma possível opção militar, se necessário”, afirmou na altura o chefe de Estado norte-americano, sem precisar mais detalhes.

“A Venezuela não é longe e há pessoas que sofrem e pessoas que morrem”, acrescentou.

Na nota informativa de hoje, o bloco económico sul-americano, que decidiu no início de agosto suspender politicamente a Venezuela daquela organização, criticou ainda a atuação do governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e da recente instalada Assembleia Constituinte.

“As medidas anunciadas pelo governo e pela Assembleia Nacional Constituinte nos últimos dias reduzem ainda mais o espaço para o debate político e para a negociação”, concluiu o Mercosul.

No passado dia 05 de agosto, os ministros dos Negócios Estrangeiros do Brasil, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai decidiram suspender politicamente a Venezuela do Mercosul “por rutura da ordem democrática”.

“A suspensão é aplicada devido aos atos do governo de Nicolás Maduro, e constitui um apelo a um início imediato de um processo de transição política e de restauração da ordem democrática”, explicaram então num comunicado os países fundadores do Mercosul, após uma reunião em São Paulo, Brasil.

A Venezuela já tinha sido colocada à margem do mercado comum sul-americano desde dezembro, por motivos comerciais.

A Venezuela vive a sua pior crise política desde há décadas, com manifestações das quais resultaram 125 mortos e milhares de feridos em quatro meses, mas o Presidente Maduro, cuja saída é exigida pelos manifestantes, tem permanecido impassível face às pressões internacionais.

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