Esta é uma das conclusões do estudo "e-Commerce Report - CTT 2017", realizado entre e maio e julho deste ano e encomendado pelos Correios de Portugal.

"Esta é a segunda edição do dia do e-commerce [comércio eletrónico] que organizamos", disse à Lusa o administrador dos CTT Francisco Simão, salientando que as tendências observadas "são muito positivas".

No que se refere ao volume de compras 'online' "por origem dos 'esellers' [retalhistas com vendas 'online], constata-se que cerca de metade é feita a 'esellers' que operam no mercado nacional e um quinto" a entidades "que operam no mercado europeu", refere o estudo.

As compras feitas a retalhistas presentes na China "aumentaram de 14% para 20% do total de compras 'online'", ou seja, mais 43 pontos percentuais face ao ano anterior.

No que refere à Europa, o Reino Unido e Espanha "mantêm-se como principais origens para a compra 'cross-border' [fronteira], tendo as compras em Espanha aumentado 8,4%", mais um ponto percentual face ao ano anterior.

Sobre o perfil do comprador português na Internet ('ebuyer', o estudo concluiu que se distribui "de forma equilibrada entre os dois géneros (52% sexo feminino e 48% sexo masculino), sendo que oito em cada dez tem até 44 anos de idade e 70,1% possuem habilitações académicas: licenciatura ou mestrado.

"Quanto ao rendimento médio mensal, dois em cada três [consumidores 'online'] auferem mais de 1.600 euros por mês. Em termos de lazer passam cerca de três horas, em média, por dia a navegar na Internet", acrescenta o estudo.

"O 'e-commerce' em Portugal cresce mais de 10% e as pessoas que compram 'online crescem mais de 20% todos os anos", apontou o administrador dos CTT.

No ano passado, o comércio eletrónico cresceu 10,5%.

"Sentimos que há uma novidade muito grande no transporte de encomendas, os consumidores querem cada vez mais as encomendas mais rápidas, convenientes e com segurança", salientou Francisco Simão.

Este estudo é encomendado pelos CTT para "acompanhar as tendências" e, nesse sentido, criar "uma resposta em termos de oferta comercial".

Por exemplo, "o serviço de entrega permanece uma componente importante" para o comprador 'online', "dado que oito em cada dez 'ebuyers' o consideram 'importante' ou 'muito importante'", acrescenta o estudo feito com base em 700 inquéritos telefónicos a compradores 'online', 100 questionários telefónicos a retalhistas com venda na Internet, 13 entrevistas presenciais a 'esellers' e sete entrevistas presenciais a operadores de distribuição.

O administrador dos CTT deu ainda o exemplo de novas ofertas de serviços que os Correios lançaram, como a aplicação (app) que permite ao consumidor acompanhar a 'viagem' da sua encomenda, o alargamento das opções de entrega ou mesmo os cacifos automáticos, estes últimos a funcionar em projeto-piloto.

"Vamos ter cinco [cacifos automáticos]" nesta fase inicial, acrescentou.

Outra das novidades é o lançamento da 'Uber' das encomendas, uma plataforma que permite enviar e receber em menos de duas horas uma encomenda.

"Temos de responder a estas tendências com uma oferta conveniente para sermos vistos como um 'player'", salientou Francisco Simão, adiantando que os Correios de Portugal estão a "transportar quase 10% mais de volume de tráfego".

Outra das novidades é que os CTT fizeram uma parceria com a plataforma 'online' OLX, onde os consumidores podem colocar à venda os seus produtos.

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