O soldado Bylan Araújo da Silva foi internado na sequência de um treino do curso de Comandos, durante o qual morreu um outro militar devido a "um golpe de calor".

Em comunicado, o Exército informa ainda que, no âmbito do mesmo curso, seis militares foram assistidos no Hospital das Forças Armadas, nas últimas 48 horas, tendo cinco regressado ao curso e um ficou internado, sem qualquer risco de vida.

Na segunda-feira, o ministro da Defesa manifestou "profundo pesar" pela morte de um militar de um curso de Comandos, tendo transmitido à família do soldado a sua "solidariedade pessoal e do Governo neste momento de dor e sofrimento".

Na altura, o Exército esclareceu já que apesar da morte de um militar e de um outro ter ficado ferido no domingo, os treinos vão continuar, embora adaptados ao tempo quente que está previsto para o início da semana.

Os incidentes ocorreram ambos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, embora em locais diferentes, sendo que o incidente do militar que veio a falecer ocorreu pelas 15:40 e o do ferido cerca de uma hora mais tarde.

De acordo com uma primeira nota do Exército português, o militar falecido, que frequentava o 127.º curso de Comandos, sentiu-se “indisposto durante uma prova de tiro (tiro reativo)” tendo sido de imediato assistido pelo médico que acompanhava a instrução, que lhe diagnosticou “um golpe de calor”.

Esse facto determinou a saída do militar da instrução e a sua transferência para a enfermaria de campanha, onde terá ficado em observação, adianta a nota.

Como após o jantar a situação clínica do militar piorou, o médico optou pela sua retirada para um hospital, mas acabou por morrer após uma paragem cardiorrespiratória antes de chegar a ser transferido.

Segundo o Exército, houve ainda um outro militar que se sentiu indisposto na instrução técnica de combate (progressão no terreno), ao qual também foi diagnosticado com “golpe de calor” e retirado, numa primeira fase para a enfermaria de campanha, e mais tarde, cerca das 23:40 para o hospital do Barreiro.

O chefe do Estado-Maior do Exército ordenou já um inquérito para apurar as causas em que o “trágico acontecimento ocorreu”, tendo a Polícia Judiciária militar tomado conta da ocorrência.