O Ministério Público alemão pediu hoje num tribunal de Schleswig a tramitação da extradição para Espanha do ex-presidente do governo catalão Carles Puigdemont, acusado de rebelião e peculato (uso indevido de fundos públicos),

Puigdemont está preso na Alemanha desde 25 de março.

Em comunicado, o Ministério Público alemão pediu ainda que o tribunal mantenha o ex-presidente da Generalitat na prisão enquanto decorre o processo de extradição por considerar que há risco de fuga.

A decisão cabe agora ao tribunal de Schleswig.

O ex-presidente regional catalão deu entrada na prisão de Neumünster, a 25 de março, horas depois de ter sido detido numa estação de serviço daquele Estado federal, procedente da Dinamarca.

Um tribunal de primeira instância de Neumünster acabaria por decidir que Puigdemont ficaria detido, por considerar que há risco de fuga.

O pedido de detenção europeu feito pela justiça espanhola deve-se ao facto de Puigdemont ter declarado unilateralmente a independência da Catalunha – violando a Constituição espanhola e várias indicações dos tribunais espanhóis – depois de ter organizado um referendo nesse sentido, também este considerado ilegal pela justiça.

Vários outros dirigentes catalães envolvidos no mesmo processo encontram-se detidos em Espanha ou em fuga pela Europa. Puigdemont estava fugido à justiça espanhola desde 27 de outubro, em Bruxelas.