
Numa intervenção durante o debate sobre o Programa de Governo, apresentado hoje na Assembleia da República, em Lisboa, pelo primeiro-ministro, António Costa, Mariana Vieira da Silva aproveitou para desenvolver duas das prioridades assentes no documento – o “desafio da dinâmica demográfica” e o “combate a todos os tipo de desigualdades”.
Mas, durante o seu discurso, não faltaram também notas para os partidos da direita.
“Há quatro anos, quando aqui debatemos o Programa do XXI Governo, o grande mote da oposição era a ideia de que as políticas então propostas eram impossíveis e levariam o país a uma nova crise, a estratégia era errada e teria consequências desastrosas”, afirmou a ministra, considerando que “essas previsões falharam”.
Depois, continuou a ministra, o problema apontado pela oposição era “a falta de estratégia”, que alegava, na altura, que “o anterior Governo só pensava no dia-a-dia”, o que “teria consequências diabólicas”.
“Mais uma vez falharam”, salientou Mariana Vieira da Silva.
Já “depois da crítica de que a estratégia era errada ter falhado, depois da crítica de que não havia estratégia ter caído também, o problema era a execução. Mas, ano após ano, as principais medidas do programa fora sendo concretizadas”, o que provou que “as previsões da direita falharam novamente”, assinalou a responsável.
Assim, e “apesar da insistência permanente dos profetas da desgraça, o Governo traçou os seus objetivos, concretizados no programa” hoje apresentado e debatido, apresentou “um caminho” através da identificação de quatro eixos estratégicos de intervenção, “procurando responder aos problemas estruturais do país e às necessidades do quotidiano dos portugueses”, assinalou a ministra de Estado e da Presidência.
“Perante os compromissos que aqui apresentamos, alguns dirão, e já o fizeram hoje, que são só promessas. A esses quero recordar que estamos aqui depois de uma legislatura em que tínhamos um objetivo, que diziam utópico, definimos uma estratégia, que diziam impossível, executámos um programa que diziam perigoso”, vincou, assinalando que o PS teve “resultados, que os portugueses reconheceram nas urnas”.
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