Em Melgaço, no distrito de Viana do Castelo, à margem da inauguração da primeira fase das obras de reabilitação da igreja do convento de São Salvador de Paderne, Pedro Adão e Silva lembrou que o Ministério da Cultura é “apenas umas das partes” envolvidas na Casa da Música, pelo que a decisão será tomada com base no parecer de um grupo de trabalho constituído expressamente para o efeito.

“A Casa da Música atingiu recentemente a sua maioridade, julgo que esse é o momento para fazer uma reflexão estratégica sobre a missão da Casa da Música, a relação com o serviço educativo, a relação com o território e também algumas decisões sobre o modelo de governação. O que eu promovi foi a formação de um grupo de trabalho que tem vindo a trabalhar e que tem um mandato até perto do final do ano para apresentar algumas propostas sobre esta matéria, em específico sobre o diretor artístico”, referiu.

Pedro Adão e Silva lembrou que até há pouco tempo tinha a responsabilidade de nomear os diretores artísticos da Companhia Nacional de Bailado, do Teatro São Carlos, do Teatro São João e do Teatro Dona Maria, mas decidiu que essa escolha passaria a ser feita por concurso.

“Acho que é uma boa prática as direções artísticas resultarem de um concurso. Isso, aliás, já aconteceu. Temos um novo diretor no Teatro Nacional de São Carlos que entrou em funções, aliás, esta semana, que é holandês. Foi um concurso público aberto, internacional, e julgo que essa boa prática deve também, a meu ver, ser estendida a outros órgãos e entidades”, defendeu.

Sublinhou, no entanto, que são entidades em que “o ministro não tem poder de decidir”, uma vez que o Ministério da Cultura “é apenas uma das partes” envolvidas naquela sala de concertos do Porto.

“O que eu tenho procurado em diálogo com as outras partes que fazem parte da Casa da Música é promover essa discussão. No final deste ano, teremos novidades e uma decisão sobre essa matéria”, afirmou.

No entanto, reiterou que a escolha da direção artística por concurso público internacional “é uma boa prática, que tem sido assumida por muitas entidades e muitas organizações”.

“Acho que é uma boa prática, que deve ser seguida por outros”, rematou.