Numa breve intervenção, Gomes Cravinho assinalou que a sua presença na Academia da Força Aérea, “24 horas depois de ter tomado posse como ministro da Defesa Nacional”, é o “primeiro ato, totalmente apropriado” enquanto ministro da Defesa.

A partir do dia 29, o governante vai iniciar visitas aos ramos militares e ao Estado-Maior General das Forças Armadas, segundo disseram à Lusa fontes militares.

Na sua breve intervenção na iniciativa, que não foi divulgada oficialmente à imprensa, Gomes Cravinho destacou que a instituição militar “tem um lugar na sociedade que não pode ser ocupado por nenhuma outra”.

“Fiz questão de estar presente neste local onde há excelência do ensino porque considero que a passagem do conhecimento deve merecer apoio condicional do Ministério da Defesa. Sempre foi assim e a minha presença aqui é um sinal de continuidade a esse respeito”, declarou.

Para o ministro, a sociedade portuguesa, “democrática e pluralista, reconhece e valoriza o papel das Forças Armadas”.

João Gomes Cravinho tomou posse como ministro da Defesa na segunda-feira, substituindo José Azeredo Lopes, que se demitiu sexta-feira do cargo na sequência dos desenvolvimentos da investigação à operação de recuperação do material militar furtado em Tancos.

Na carta de demissão, Azeredo Lopes afirmou-se alvo de “ataque político” e de acusações de estar envolvido numa eventual operação de “encobrimento” dos autores do furto, o que voltou a negar “categoricamente”.