“Evidentemente”, referiu Azeredo Lopes, esse reforço de meios “implica um reforço financeiro”.

“Tenho esperança que possamos reforçar o investimento” para assim ampliar a presença das Forças Armadas nos arquipélagos, sustentou, em declarações aos jornalistas, no Porto, no âmbito de um 'workshop' sobre “Segurança Marítima” que incluiu a inauguração da estação do programa “Costa Segura” da Cantareira.

Questionado se o próximo Orçamento do Estado prevê esse investimento, o ministro não adiantou pormenores, lembrando apenas que “ainda não há orçamento para 2018”.

Azeredo Lopes disse também ter sido “muito importante verificar como”, a seu pedido, “é feita uma diretiva do Estado Maior para reforçar os meios” e, imediatamente, a Marinha ter decidido fazer o mesmo, estando já “a reforçar esses meios”.

O ministro da Defesa sustentou que os arquipélagos “são parte integrante do território nacional, o que “significa que têm os mesmos direitos e expectativas que aqueles que habitam em território continental”.

Azeredo Lopes lembrou ainda que “a dimensão da insularidade” dos arquipélagos “leva a que se justifique cuidado muito particular nos meios de transporte, de salvamento, que está muito a cargo da Força Aérea, mas onde também a Marinha pode ter um papel muito importante a desempenhar”.

A relação com o Atlântico, “que não tem propriamente a ver com o salvamento, mas com o peso cada vez maior que na nossa defesa tem” e no peso que a Defesa Nacional vai ter no Atlântico, "e em particular as relações transatlânticas”, é outra dimensão que justifica o reforço de meios, destacou também o ministro.

Azeredo Lopes acrescentou igualmente que este “reforço está associado” ao projeto de criar um Centro de Segurança Atlântica nos Açores, “projeto inovador” que espera “ter concluído a médio prazo” e “resultou de uma declaração de apoio dos Estados Unidos” da América.

“Tudo isso tem de ser articulado de forma coerente”, afirmou.

No dia 12 de setembro, em Washington, o ministro da Defesa, propôs ao secretário da Defesa norte-americano, James Mattis, a criação deste centro, na Base das Lajes, nos Açores.

"Portugal considera que chegou a altura de apresentar novas ideias para valorizar aquele que é, de facto, um enorme ativo para a segurança atlântica. A ideia principal, o projeto mais ambicioso, é a constituição de um centro de segurança atlântica nos Açores, que vá muito a frente do academismo e que represente a valorização de uma das principais capacidades de Portugal", explicou, então, Azeredo Lopes.

O ministro disse que a "ideia já tinha sido referida inicialmente, de forma embrionária", mas que "Portugal já a tem muito mais trabalhada neste momento."

O novo centro poderia formar não só oficiais portugueses, mas também de outros países interessados na segurança do Atlântico.

O membro do Governo precisou que o centro "não estaria, necessariamente, sob jurisdição da NATO, embora possa vir a ser, no futuro, reconhecido como um centro de excelência da Aliança Atlântica."

Durante o encontro no Pentágono, que excedeu a duração inicialmente prevista, o secretário da Defesa norte-americano, James Mattis, respondeu de forma positiva à proposta.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.