Reconhecendo que os serviços anti-corrupção do seu Ministério “falharam nas suas obrigações”, Reznikov anunciou que foi lançada uma “auditoria interna de todos os contratos públicos”, prometendo também “uma auditoria de assistência técnica internacional”.

Numa altura em que Kiev regista um aumento de material militar ocidental e cresce a pressão para dissipar dúvidas sobre a corrupção no sistema político ucraniano, o ministro da Defesa prometeu mais transparência e escrutínio na sua área de influência governamental.

Reznikov, no entanto, foi evasivo sobre a possibilidade de vir a demitir-se, uma hipótese colocada por vários meios de comunicação ucranianos, respondendo apenas que a decisão cabe ao Presidente Volodymyr Zelensky.

No final do mês passado, a Ucrânia foi abalada por uma série de demissões no contexto de um escândalo de corrupção revelado pela imprensa relacionado com um contrato assinado pelo Ministério da Defesa por um valor alegadamente inflacionado de produtos alimentícios destinados aos soldados.

Este foi o primeiro grande caso de corrupção desde o início da invasão russa, num país acostumado a esse tipo de situações antes da guerra.

A partir desta situação, as autoridades ucranianas lançaram uma vaga de investigações sobre funcionários públicos, para provar o empenho na luta contra a corrupção.