O ministro dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos teve de procurar abrigo por causa dos bombardeamentos russos desta terça-feira a Kiev. O diplomata visitava a capital ucraniana quando se deu o ataque.

As sirenes foram ativadas no final de uma conferência de imprensa de Hoekstra em Kiev, onde anunciou que os Países Baixos vão investir mais fundos na investigação dos crimes de guerra a partir de 2023. Pouco depois, foram escutadas várias explosões e a delegação foi transferida de imediato para um abrigo antiaéreo nas proximidades.

"Só pode haver uma resposta a este ataque massivo", disse Wopke Hoekstra, via telefone à CNN internacional. "Olhem para o que a Rússia faz e não para o que diz", avisa o chefe da diplomacia neerlandesa.

"A resiliência, determinação e coragem de Dmitro [Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano] e dos seus compatriotas ucranianos são profundamente impressionantes e inspiradoras. Salienta-se o nosso compromisso forte e contínuo com a Ucrânia", escreveu a equipa de Hoekstra em breve mensagem no Twitter, minutos após os ataques mas sem mencionar a situação.

A delegação tinha previsto para esta tarde uma reunião com o Presidente Volodymyr Zelenski, ainda sem confirmação na sequência dos ataques.

Esta foi a segunda visita de Hoekstra a Kiev desde o início da invasão russa em fevereiro. No decurso da sua viagem em maio passado, o ministro neerlandês também foi forçado a refugiar-se num abrigo após terem soado os alarmes antiaéreos durante a sua visita.

Pelo menos dois edifícios residenciais foram atingidos após o ataque russo, havendo relatos de destruição em várias cidades ucranianas, nomeadamente, Lviv e Kharkiv, Zhytomyr, Sumy, Rivne e Odessa, segundo relatos enviados pelos respetivos autarcas.

De acordo com um porta-voz da força aérea ucraniana, "foram disparados 80 mísseis russos sobre varias infraestruturas críticas para a Ucrânia, tendo sido atingidos edifícios civis".

(notícia atualizada às 16h48)

*com Lusa