“Tive uma conversa telefónica com os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 para trocar pontos de vista sobre a situação na Rússia”, declarou o Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, na sua conta do Twitter.

Relativamente às conversações com os diplomatas do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), Borrell indicou que está a desenvolver um trabalho de coordenação no seio da União Europeia (UE) para lidar com a situação e informou que ativou o “centro de resposta a crises” da UE antes da realização do Conselho de Negócios Estrangeiros, na próxima segunda-feira.

O líder da diplomacia europeia concluiu a sua mensagem com a confirmação de que o apoio da UE à Ucrânia “permanece inabalável”.

Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado Matthew Miller afirmou hoje que os Estados Unidos permanecerão “em estreita coordenação” com seus aliados sobre a situação na Rússia, após a interação ao nível do G7.

“Os Estados Unidos permanecerão em estreita coordenação com seus aliados e parceiros à medida que a situação evolui”, o que “não muda em nada” o apoio à Ucrânia, frisou Miller.

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou hoje a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma “ameaça mortal” ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma “guerra civil”.

Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando “um número muito grande de vítimas”, acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

As acusações de Prigozhin expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.