Em declarações à Lusa, tanto o presidente da Federação Portuguesa do Táxi (FPT), Carlos Ramos, como o presidente da ANTRAL - Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros, Florêncio Almeida, são unânimes ao considerar que a solução para o serviço de transporte individual passará por levar parte do contingente de Lisboa para a margem sul do Tejo, nomeadamente para o futuro aeroporto.
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou na quarta-feira (08 fevereiro) que uma decisão definitiva sobre a localização do futuro aeroporto no Montijo está condicionada à conclusão de um relatório sobre o impacto da migração de aves naquela zona, nomeadamente para a segurança migratória.
“É o momento oportuno de se começar a discutir o que se pretende. Que tipo de praça vai ser criada no Montijo, se vai ser aberto concurso, ou se será fixado um contingente e daí levar viaturas que estão na cidade de Lisboa para aquele aeroporto, sem prejuízo dos empresários do Montijo”, afirmou Carlos Ramos.
O responsável da FPT alertou para o facto de as licenças que foram sendo atribuídas ao longo dos últimos anos terem acontecido “considerando o crescimento do aeroporto [Humberto Delgado, de Lisboa], bem como o tecido empresarial na capital”.
“Todos nós temos a noção que, em termos de empresas, muitas se foram embora para a zona periférica, muitas para Oeiras, o que leva a que o equilibro entre a procura e a oferta não esteja assegurado. Há mais oferta do que procura”, salientou.
Desta forma, Carlos Ramos considera que, se uma parte substancial do aeroporto de Lisboa, como voos e passageiros, vai para o Montijo, é preciso pensar num contingente de acordo com as necessidades que vão surgir.
Também Florêncio Almeida defendeu como solução para o eventual aeroporto do Montijo uma “escala para que os táxis de Lisboa lá possam ir fazer serviço”, avançando que tal medida caberá ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT).
“Não acredito que se vá aumentar o contingente da praça do Montijo para satisfazer as necessidades e os táxis de Lisboa fiquem parados”, disse Florêncio de Almeida.
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