A notícia é avançada pela SIC Notícias, que refere que a cantora, diagnosticada com um tumor no cérebro há mais de 10 anos, morreu este domingo no Hospital da Luz, em Lisboa. Fonte da família confirmou a morte à Agência Lusa.

Sara Tavares nasceu em 1978, em Lisboa. De ascendência cabo-verdiana, manteve sempre essas origens nas suas músicas.

A cantora ganhou a primeira edição do concurso Chuva das Estrelas, em 1994, e depois foi convidada a participar no Festival da Canção da RTP, que acabou por vencer com "Chamar a Música". Ficou em 8.º lugar na Eurovisão.

Dois anos depois, em 1996, Sara Tavares estreou-se com o álbum “Sara Tavares & Shout!”.

Nas duas décadas seguintes, Sara Tavares editou vários álbuns que a aproximaram das raízes cabo-verdianas, com destaque para “Balancê” (2005), que lhe valeu um disco de platina e uma nomeação como Artista Revelação as prémios BBC Radio 3 World Music.

Em 2011, recebeu Prémio de Melhor Voz Feminina nos Cabo Verde Music Awards e no ano seguinte deu continuidade à digressão internacional “Xinti”, título do álbum editado em 2009, que lhe valeu o Prémio Carreira do África Festival na Alemanha.

Em 2018 esteve nomeada para os Grammy Latino com o quinto álbum, "Fitxadu" (2017), no qual aprofundou a relação com a música cabo-verdiana, contando com Manecas Costa, Nancy Vieira, Toty Sa'Med e Kalaf Epalanga entre os convidados.

A par da carreira em nome próprio, Sara Tavares colaborou com vários nomes da música portuguesa e lusófona, nomeadamente Ala dos Namorados, Dany Silva, Paulo Flores, Buraka Som Sistema e Carlão.

Ao longo do último ano, Sara Tavares tinha vindo a divulgar alguns temas novos, ao fim de cinco anos de silêncio. O mais recente tema, intitulado “Kurtidu”, saiu em setembro passado pela Sony Music.