“Ela teve uma vida extraordinária e vamos lembrar-nos sempre da sua força”, declarou o presidente da câmara de Verbania, localidade do norte de Itália onde residia Emma Morano, citado pela imprensa italiana.

Esta informação foi confirmada por um médico à agência Associated Press por telefone, que adiantou ter sabido da notícia pela pessoa que estava encarregue de cuidar de Moreno, que terá falecido esta tarde, sentada na sua poltrona, em casa, na cidade de Verbania, perto do Lago Maggiore.

O médico adiantou ainda que, ontem, sexta-feira, tinha entrado em contacto com Moreno, tendo-lhe esta agradecido e segurado a sua mão "como normalmente".

Emma era considerada a “Avó da Europa”, por ser a mais antiga do continente europeu, mas em 2016 passou a ser a pessoa mais velha do planeta, depois da morte da norte-americana Susannah Mushatt Jones, quatro meses mais velha.

Escreve o The Telegraph que era uma de oito irmãos - cinco irmãs e três rapazes - e era a última pessoa viva do século XIX.

Sobreviveu a duas Guerras Mundiais, trabalhou numa fábrica de juta e pediu o divórcio de um marido abusivo, em tempos em que isso era algo bastante condenável pela sociedade.

Martina Luigia Emma Morano, que nasceu a 29 de novembro de 1899, tinha revelado que o segredo da sua longevidade era evitar medicamentos, beber “grappa” (aguardente italiana) e, sobretudo, comer três ovos crus por dia.

Adianta ainda o diário britânico que a italiana adoptou este regime alimentar por recomendação de um médico, que lhe havia dito que seria algo benéfico para a saúde, uma vez que lhe tinha sido diagnosticada anemia, aos 20 anos.

Para além de comer alimentos crus, não fumar e beber vinho com moderação, Morano acreditava que a sua longevidade muito tinha a ver com o facto de ter deixado um marido violento em 1938, pouco depois de ter perdido o seu único filho, quando este tinha sete meses. Permaneceu solteira o resto da sua vida.

[Notícia atualizada às 19:37]