"O Município de Viseu informa, com enorme pesar, que o Presidente da Câmara, António Almeida Henriques, faleceu esta manhã no Hospital de São Teotónio, vítima de complicações respiratórias decorrentes da COVID-19", informou a autarquia, em comunicado, este domingo de manhã.

O autarca estava internado na Unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar Tondela-Viseu desde dia 10 de março, cinco dias depois de ter testado positivo ao coronavírus SARS CoV-2 que causa a doença covid-19.

António Almeida Henriques tinha 59 anos e era Presidente da Câmara Municipal de Viseu desde 2013.

“A sua elevada cultura democrática e competência política, levaram-no a ocupar diversas funções de grande responsabilidade, tanto ao nível do associativismo, como a nível político", recorda o município.

"Foi deputado à Assembleia da República, nas IX, X e XI e XII Legislaturas e Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD entre 2005 e 2007 e 2010 e 2011. Entre 2011 e 2013, exerceu funções como Secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional do XIX Governo Constitucional, liderado por Pedro Passos Coelho”, acrescenta.

“Foi ao concelho de Viseu, terra onde nasceu e onde sempre viveu, que António Almeida Henriques dedicou os melhores anos da sua vida”, lembra ainda o município.

Segundo a autarquia, Almeida Henriques desempenhou diferentes funções na vida política local e regional, tendo sido Presidente da Assembleia Municipal de Viseu durante oito anos, nos mandatos de 2005/2009 e 2009/2013, “lugar que nunca abandonou apesar das funções que passou a ocupar no Governo de Portugal”.

A Câmara sublinha que António Almeida Henriques “liderava o Município de Viseu desde 2013 e tinha como grande objetivo completar o projeto desenhado durante a sua primeira candidatura, que visava colocar Viseu entre os melhores concelhos de Portugal”.

“Destacava-se pelo seu sentido de justiça e retidão, e estava sempre disponível para parar e ouvir os viseenses e os colaboradores da autarquia. O projeto de vida de António Almeida Henriques era Viseu, porque, como muitas vezes dizia, ‘não podia ser Presidente de outra Câmara’. A sua partida é, por isso, uma perda irreparável para Viseu, para a região e para País”.

O município “agradece todo o carinho demonstrado pelos viseenses ao Presidente da Câmara, mas apela ao respeito de todos pela privacidade da família neste momento de enorme sofrimento”.

Em comunicado, a autarquia refere que "o município de Viseu decreta luto municipal a partir de hoje, entre os dias 4 e 6 de abril", e que, em breve, comunicará "todos os detalhes relativos às cerimónias fúnebres".