A notícia foi inicialmente avançada pela publicação Variety e, hoje de manhã, a conta oficial de Facebook da banda publicou uma fotografia do músico, sem qualquer legenda.

Entretanto, o guitarrista do grupo, Bob Mould, reconheceu na sua página que as “notícias trágicas da morte de Grant não foram inesperadas”, enviando as suas condolências e pensamentos à família, amigos e fãs do músico pelo mundo fora.

Na mesma mensagem, Mould contou como, no outono de 1978, quando estudava em St. Paul, no estado do Minnesota, se dirigiu a uma loja de discos chamada Cheapo Records, que tinha um sistema de som perto da porta a passar punk: “Entrei e acabei por passar tempo com a única pessoa na loja. Chamava-se Grant Hart.”

Numa entrevista dada à rádio pública do Minnesota a propósito da caixa especial de três discos da banda a ser lançada em novembro, Grant lembrou o momento em que Mould entrou na loja, dizendo que “um dia, entrou um brilhante par de olhos azuis”.

Ao segundo concerto, os Hüsker Dü (“lembras-te?”, em dinamarquês) tinham já preparadas várias canções originais.

“Os nove anos da minha vida que se seguiram foram passados lado a lado com o Grant. Fizemos música espetacular juntos. Nós (quase) sempre concordávamos sobre como apresentar o nosso trabalho coletivo ao mundo. Quando discutíamos acerca dos detalhes, era porque ambos nos importávamos. A banda era a nossa vida. Foi uma década espetacular”, realçou Mould, antes de lembrar que pararam de trabalhar juntos em janeiro de 1988 para se dedicarem a projetos a solo e a bandas diferentes.

O trio foi formado no final da década de 1970 por Hart, Mould e pelo baixista Greg Norton. Juntos lançaram alguns dos mais importantes registos discográficos da era pós-punk norte-americana, com o álbum “Zen Arcade”, listado pela Rolling Stone como o 33.º melhor da década de 1980 e o 13.º melhor disco punk de sempre.