"Régine deixou-nos tranquilamente neste 1.º de maio às 11h00", anunciou a sua neta, Daphné Rotcajg.

"A rainha da noite parte: encerra uma longa e grande carreira", escreveu o humorista Pierre Palmade, amigo íntimo de Régine, num comunicado divulgado a pedido da família.

"Foi uma grande honra poder despedir-me dela", acrescentou, antes de destacar que "por mais de 30 anos ela fez estrelas de todo o mundo dançar nas suas casas noturnas".

O cantor francês Renaud, que escreveu várias canções para Régine, considerava-a a última representante histórica da canção francesa, conhecida sobretudo por "La grande Zoa", "Azzurro", "Les p'tits papiers" ou "Patchouli Chinchilla"..

Ela foi proprietária de 22 discotecas com o seu nome em todo o mundo, começando pela lendária "Chez Régine", em Paris.

Também teve casas noturnas em Nova Iorque, Miami, Rio de Janeiro e Los Angeles.

O nome virou "símbolo das noites selvagens até a madrugada, com ela a dançar na pista até a hora de fecho", recorda Pierre Palmade no seu texto.

Régina Zylbergerg nasceu em 26 de dezembro de 1929 em Anderlecht (Bélgica), filha de pais judeus polacos.

Em 1941, em Aix-en-Provence, no sul da França, escapou à deportação graças aos franceses não judeus.

Também trabalhou no cinema, em filmes como "Jeu de massacres" de Alain Jessua, "Robert et Robert" de Claude Lelouch e "Les ripoux" de Claude Zidi.