De acordo com os dados avançados pela porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, quando estão escrutinados 9.221.963 (98,98% do total), o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) lidera a contagem nacional, com 4.115.302 votos (61,05%), seguido da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), com 1.800.860 votos (26,72%)

Com este resultado, que corresponde a um total de 150 mandatos para o MPLA, o partido no governo em Angola consegue também manter a maioria qualificada (acima dos 147 deputados eleitos), apesar da forte quebra da votação face às eleições gerais de 2012.

João Lourenço, cabeça de lista do MPLA, deverá tornar-se, assim, no sucessor a José Eduardo dos Santos, que chegou à presidência da República de Angola em 1979.

A UNITA mantém-se como segunda força política de Angola, com a lista liderada por Isaías Samakuva, segundo os dados provisórios da CNE, a subir para 51 deputados.

Na terceira posição surge a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) com 639.789 votos (9,49%) e 16 deputados, mantendo-se na quarta posição o Partido de Renovação Social (PRS), com 89.763 votos (1,33%) e dois deputados.

A histórica Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) viu a votação descer para 61.394 votos (0,91%) e perdeu um dos dois deputados que tinha das últimas eleições.

Fora do parlamento angolano, na contagem provisória, fica a estreante Aliança Patriótica Nacional (APN), arrecadando 33.437votos (0,50%).

[Notícia atualizada às 20:06]

Além da eleição de João Lourenço como Presidente da República, sucedendo a 38 anos de liderança de José Eduardo dos Santos, enquanto cabeça-de-lista do MPLA pelo círculo nacional, estes dados apontam para a eleição de Bornito de Sousa, número dois da lista daquele partido, para vice-Presidente da República.

Os dados nacionais apontam ainda para uma abstenção global de 23,43%, equivalente a 2.160.832 eleitores que não foram às urnas na quarta-feira, num universo de 9.317.294 em condições de o fazer.

A votação decorreu entre as 07:00 e as 18:00 de quarta-feira, 23 de agosto, em todo o país, e a CNE indicou que deverá anunciar nas próximas horas os resultados preliminares da eleição.

Mais de 9,3 milhões de angolanos estavam inscritos para escolherem, entre seis candidatos, o sucessor de José Eduardo dos Santos - que não integrou qualquer lista candidata -, com a votação a decorrer até às 18:00.

Estas são as quartas eleições gerais da história angolana desde a independência, em 1975. Concorreram o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), desde sempre no poder, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), o Partido de Renovação Social (PRS), a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e a Aliança Patriótica Nacional (APN).

O cabeça-de-lista pelo círculo nacional do partido ou coligação de partidos mais votado é automaticamente eleito Presidente da República e chefe do executivo, conforme define a Constituição, moldes em que já decorreram as eleições gerais de 2012.

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