Apenas “um número diminuto” de negócios “conseguiram, por si próprios, fazer a limpeza e a gestão dos danos e já estão reabertos”, mas “a maioria continua encerrada”, adiantou o presidente da associação, em declarações à Lusa.

Rodolfo Cardoso ainda não consegue contabilizar concretamente os prejuízos para o comércio e serviços de Loures e Odivelas, mas arrisca “valores superiores a dois milhões” de euros.

O dirigente associativo lembra que os concelhos estão ainda “em fase de balanço, de rescaldo, de avaliação dos prejuízos causados”, receando-se mais dias de chuva intensa, que podem vir a complicar o cenário.

“Os prejuízos foram demasiado avultados e, entre seguradoras e possíveis linhas de apoio, ainda não há decisões sobre com que tipo de apoios é que vão contar”, frisa, referindo que há “muitos” negócios que não tinham seguros e “muitos dos que tinham” poderão não ter “a maioria dos custos” cobertos pelas seguradoras.

A associação de comércio e serviços tem mantido “contacto direto” com as autarquias de Loures e Odivelas e “ambas têm estado, desde a primeira hora, no terreno, atuantes, cooperantes e preocupadas e ao lado daqueles que foram mais afetados”.

Rodolfo Cardoso faz, por isso, “um balanço bastante positivo” da resposta municipal à intempérie, esperando que os apoios cheguem “em tempo útil” e permitam que todos os comerciantes retomem os seus negócios.

A Proteção Civil registou mais de 7.950 ocorrências em território nacional, inclusive 4.841 inundações, e 88 desalojados desde as 00:00 do dia 07 e até às 08:00 do dia 15.

A chuva intensa e persistente que caiu na terça-feira (dia 13) causou mais de 3.000 ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.

Entre os prejuízos já adiantados numa primeira avaliação, a Câmara de Loures estima que as fortes chuvas que afetaram o concelho desde a semana passada ascendam a “mais de 20 milhões de euros”.