Em causa está o projeto META - "Mamíferos Marinhos e Ecossistemas: Avaliação de ameaças antropogénicas", que tem por objetivo "dar resposta a metas da Diretiva-Quadro da Estratégia Marinha e aprofundar a compreensão do impacto cumulativo das atividades humanas neste grupo de animais”.

"Vão ser utilizados dados históricos que o museu foi recolhendo nos últimos 20 anos, além de amostras que serão recolhidas nos próximos tempos, amostras de sopro para medir níveis de stress e de pele, através de biopsias e, no caso do sopro, o que vamos fazer é passagens com drones por cima dos animais para recolher esses sopros e poder retirar essas amostras", explicou Luís Freitas, em declarações à Lusa.

O coordenador da unidade Ciência do Museu da Baleia explicou que a técnica já é usada com sucesso noutras partes do mundo e é intenção aplicá-la na Madeira neste projeto, que vai decorrer na região, mas com aportes de outras instituições.

A iniciativa, financiada por fundos comunitários, tem início marcado já em dezembro deste ano.

Já o projeto MARCET II – outro programa com financiamento da União Europeia - deve arrancar já em novembro e visa "a promoção da atividade de ecoturismo de observação de baleias como modelo de desenvolvimento económico sustentável através da proteção e conservação das populações de cetáceos e a sua valorização como património natural da Macaronésia".

"Para este projeto em particular, vai ser usada a foto-identificação bem como serão retiradas amostras de pele nos diferentes arquipélagos para medir os níveis de stress e outros contaminantes e, a partir daí, tentar relacionar os dados", referiu o museu.

Neste caso, estão envolvidos parceiros das Canárias, Açores e Cabo Verde, e a investigação é direcionada sobretudo para o golfinho-roaz e a baleia-piloto-tropical.