“Uma das exigências centrais é o reforço de pessoal e o fim da política de precariedade, da contratação de trabalhadores a 3,5 horas e a duas horas, que são neste momento quase 3.000 no total”, afirmou Luis Esteves, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas.

“Pretendemos uma contratação a sete horas e, depois, a passagem a efetivos”, acrescentou.

Numa escola que, segundo disse, tem mais de 1.000 alunos e 17 trabalhadores não docentes ao serviço, além de um conjunto de trabalhadores de baixa, Luis Esteves diz que “há serviços que não estão assegurados”.

“Há sempre um serviço encerado, o bar, a reprografia ou o ginásio”, afirmou, sublinhando que era preciso que o Ministério da Educação fizesse a substituição dos trabalhadores de baixa.

Segundo Luis Esteves, a escola triplicou de tamanho e os não docentes ao serviço “têm de limpar material muito específico, como material de vídeo e de ourivesaria, e isso não demora o mesmo tempo do que limpar uma escola comum”.

“Ter um trabalhador para 30 salas é impossível”, acrescentou.

Os representantes dos trabalhadores não docentes, acompanhados de representantes dos alunos da escola, foram recebidos por adjuntos da secretária de Estado e convidaram a governante a visitar a escola sem aviso prévio.

“Convidámos a secretária de Estado a aparecer, sem avisar, nas escolas (…) para conhecer”, relatou, explicando que abordaram também a questão da portaria que define os critérios e a forma de cálculo para o rácio do pessoal não docente.

“Deixaram a promessa de revisão da portaria de rácios, [trabalho] que deverá estar pronto em setembro, o que a nosso ver é muito tarde (…). Vamos entrar no novo ano letivo com problemas nesta e noutras escolas”, afirmou.

Os trabalhadores não docentes estiveram em greve no mês de fevereiro, uma paralisação que encerrou vários estabelecimentos de ensino.

Questionado pela Lusa sobre se admitem novas formas de luta, Luis Esteves respondeu: “Daqui até lá iremos anunciar ações de luta, não apenas da António Arroio, mas a anunciar em tempo próprio. Os trabalhadores não docentes não vão ficar parados".