"Primeiro, não deveriam ir, independentemente de ter que ter autorização da Assembleia ou não, porque o primeiro-ministro e o presidente da Assembleia da República não têm que ter autorização da Assembleia, mas não deviam ir, porque não é diplomacia de negócios, não é uma representação de Estado, é ir ver um jogo de futebol por mais importante que a seleção nacional seja", disse Alexandra Leitão.

A deslocação de Marcelo Rebelo de Sousa ao Qatar, na próxima semana, para assistir ao jogo da seleção portuguesa, vai hoje ser votada na comissão de Negócios Estrangeiros. PS e PSD asseguram a autorização, mas IL e BE e PAN vão votar contra.

A reunião da Comissão de Negócios Estrangeiros está marcada para as 15h00.

Deslocação ao Qatar prevê passagem pelo Egito

O presidente da República disse que irá marcar presença no jogo Portugal-Gana, no Mundial do Qatar, se o Parlamento autorizar a sua deslocação, o que permitirá ainda um encontro com o presidente do Egito.

“Não vivemos em sistema presidencialista, portanto, o presidente só pode sair em visita oficial com autorização da Assembleia. Pedi por escrito, como se pede sempre, para que manifestasse a sua autorização à minha deslocação ao Qatar”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na passa à margem do 33º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, que decorreu em Fátima, no concelho de Ourém.

O chefe de Estado anunciou ainda que na agenda da sua deslocação tem previsto “passar pelo Egito” para se encontrar com o presidente Abdul Fatah Khalil Al-Sisi. “Estou à espera da confirmação desse encontro”, disse.

“Espero para saber qual é a posição dos vários partidos e a posição global do Parlamento nesta matéria”, disse, lembrando que “tradicionalmente” deslocam-se aos campeonatos de futebol “o senhor presidente da Assembleia da República e com o senhor primeiro-ministro” e o Presidente da República em “jogos diferentes”.

“É uma ida dos vários órgãos do poder político do Estado para não haver duas políticas diferentes.”