De acordo com o documento, hoje entregue ao presidente da Assembleia da República, "não houve pré-posicionamento de forças, nem análise da situação com base na informação meteorológica disponível".
"A partir do momento em que foi comunicado o alerta de incêndio, não houve a perceção da gravidade potencial do fogo, não se mobilizaram totalmente os meios que estavam disponíveis e os fenómenos meteorológicos extremos acabaram por conduzir o fogo, até às 03:00 do dia 18 de junho, a uma situação perfeitamente incontrolável", lê-se no relatório.
A comissão técnica independente conclui que "houve uma subavaliação e excesso de zelo na análise da fase inicial do incêndio de Pedrógão Grande", o que contribui para que "o ataque inicial não conseguisse debelar o avanço do fogo".
O relatório hoje entregue no parlamento analisa os fogos ocorridos entre 17 e 24 de junho nos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Ansião, Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Arganil, Penela, Oleiros, Sertã, Góis e Pampilhosa da Serra.
O fogo que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho só foi extinto uma semana depois, tal como o incêndio que teve início em Góis (distrito de Coimbra). Os dois fogos, que consumiram perto de 50 mil hectares em conjunto, mobilizaram mais de mil operacionais no combate às chamas.
O incêndio que deflagrou Pedrógão Grande, tendo alastrado a vários municípios vizinhos, causou 64 mortos e mais de 200 feridos.
[Artigo atualizado às 16:31]
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