Pelo quarto ano consecutivo, o ISCTE realiza a receção de novos estudantes com um programa denominado “IULCOME”, que segundo a pró-reitora, Susana Fonseca, visa promover a integração dos jovens que ingressam nas 16 licenciaturas da instituição.

“Fazemo-lo numa lógica e num objetivo estratégico da instituição de melhoria e promoção do sucesso académico dos nossos estudantes. De acordo com a literatura e investigação da temática, um dos fatores que contribui para o sucesso é esta fase de transição do ensino secundário para o superior, um fenómeno complexo”, explicou.

A instituição, adiantou, proporciona assim iniciativas, que este ano serão focadas nas áreas da responsabilidade social e do ambiente, para que essa transição seja feita com sucesso e crie aos estudantes competências que a escola pretende transmitir com os seus cursos.

créditos: TIAGO PETINGA/LUSA

Durante todo o dia de hoje, centenas de caloiros do ISCTE estiveram em Torres Vedras a limpar a praia de Santa Cruz, a passear animais do canil, ou em Cascais a remover infestantes na serra de Sintra, ou na Ajuda, em atividades com jovens da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental.

Gonçalo e Gisela foram dois dos 95 estudantes que hoje estiveram no bairro Padre Cruz em atividades de limpeza de quintais e jardins, assim como de pintura de muros de habitações, um das muitas ações desenvolvidas ao abrigo deste programa.

Os dois caloiros, ele de gestão de recursos humanos e ela de gestão, veem esta atividade como uma oportunidade efetiva de integração nesta nova vida que agora iniciam.

“É positivo porque unimos dois pontos: a integração entre os alunos porque é importante conhecer as pessoas e por outro lado a ajuda aos outros. Hoje é importante contribuir com o nosso trabalho para a sociedade”, disse Gisela.

créditos: TIAGO PETINGA/LUSA

Gonçalo é da mesma opinião e acrescenta: “Vale sempre a pena iniciativas destas”.

A acompanhar este projeto esteve também a secretária de Estado do Ensino Superior, que destacou a importância de iniciativas positivas no momento em que os jovens começam um novo ciclo, assim como uma cultura da comunidade académica de relação com a população.

“Introduzir os novos estudantes nesta prática é muito simbólico e relevante para aquilo que se considera ser o seu papel na sociedade”, disse Fernanda Rollo, acrescentando que ações deste género são um alternativa “mais positiva, mais útil e mais consciente”.

“Em vez de estarem a fazer praxes individuais e coisas disparatadas, aqui são envolvidos numa atividade que mostra que juntos podem fazer mais e melhor”, salientou.

Desde segunda-feira que estão a decorrer em várias universidades portuguesas atividades de integração dos novos estudantes com a valorização de práticas positivas.

créditos: TIAGO PETINGA/LUSA

Numa nota de imprensa divulgada no momento em que se conheceram os resultados da primeira fase de candidatura ao ensino superior, o Ministério alertou que, no início de mais um ano letivo, “é mais uma vez importante que todos os atores sociais, desde os estudantes e seus dirigentes aos dirigentes académicos e comunidade civil, se mobilizem contra as manifestações de abuso, humilhação e subserviência, sejam elas no espaço público ou dentro das instituições".

A linha de denúncia para praxes abusivas e violentas registou desde 2015 um total de 18 comunicações.

Deste total, duas das queixas referiam factos ocorridos em 2012 e uma referia factos ocorridos em 2007.

No âmbito destas queixas foi feita uma averiguação suscitada por uma notícia pública, como foi o caso da praxe na Escola Superior Náutica Infante D. Henrique, a propósito da praxe a 20 alunos que motivou a intervenção da Polícia Marítima numa praia de Oeiras.

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