O braço militar do Hamas disse neste sábado que está disposto a libertar os reféns que sequestrou no ataque de 7 de outubro a Israel em troca da libertação de todos os prisioneiros palestinos detidos em Israel.

"O preço a pagar pelo grande número de reféns inimigos nas nossas mãos é esvaziar as prisões [israelitas] de todos os prisioneiros palestinos", declarou Abu Odeida, porta-voz das Brigadas Ezedin al Qassam, em comunicado lido na emissora Al Aqsa, controlada pelo Hamas.

Qual a notícia?

Depois destas afirmações do Hamas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse  que Israel vai explorar “todas as opções” para garantir a libertação de mais de 220 reféns levados por militantes palestinos para Gaza a 7 de outubro.

A enfrentar uma raiva crescente sobre o destino dos reféns à medida que Israel intensifica a sua guerra contra os governantes do Hamas em Gaza, Netanyahu concordou em encontrar-se com representantes de familiares reféns que exigiram saber como o governo lidaria com a crise.

Netanyahu não se comprometeu com qualquer acordo de troca, mas disse às famílias que as autoridades “esgotariam todas as opções para trazê-los (os reféns) para casa”.

Resumidamente, não descartou entrar em negociações.

Os combates vão acalmar?

Não, isto levando também em conta as palavras de Netanyahu.

Mesmo após admitir que explorará todas as opções para garantir a liberdade aos reféns do Hamas, Netanyahu alertou que a guerra contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza será "longa e difícil", mas o exército "destruirá o inimigo na terra e no subsolo".

Já antes também o ministro da Defesa de Israel disse que a guerra entrou numa nova etapa. Passamos para a próxima etapa da guerra”, disse o ministro da Defesa, Yoav Gallant, em declarações hoje divulgadas pelos meios de comunicação israelitas.

“Na noite passada [sexta-feira], o solo tremeu em Gaza. Atacamos acima do solo e no subsolo. (…) As instruções para as forças são claras. A campanha continuará até novo aviso.”

*Com Lusa