“A Sra. Manning foi condenada por um crime e condenada a 35 anos de prisão, mas foi levado em conta que sua sentença foi comutada pelo presidente Barack Obama em 2017″, explicou o responsável pela Imigração, Steve Stuart, em comunicado.

A decisão também levou em conta que a possibilidade de reincidência é mínima e as viagens internacionais anteriores.

Manning, que tem prevista uma série de palestras a partir de domingo na Austrália e depois na Nova Zelândia, precisava de uma autorização especial ou uma isenção de visto para entrar na Nova Zelândia devido ao seu cadastro.

A decisão da Nova Zelândia surge um dia depois de ter sido tornada pública a intenção das autoridades australianas em recusar o visto de entrada no país a Chelsea Manning.

Suzi Jamil, da organização Think Inc, que promove a visita de Chelsea Manning à Austrália e à Nova Zelândia, disse ter recebido das autoridades australianas uma “notificação de intenção de considerar a recusa” do visto.

Manning deveria participar numa conferência no Sydney Opera House no domingo, antes de outros eventos agendados para Melbourne e Brisbane.

“Estamos muito desapontados por saber que o Ministério do Interior adotou essa abordagem e faremos um apelo forte à sua entrada na Austrália”, disse Jamil à agência de notícias France-Presse, elogiando as “grandes ideias” e o “ponto de vista” da ex-analista militar.

Condenada em 2013 a 35 anos de prisão por remeter mais de 700 mil documentos confidenciais para a Wikileaks sobre as guerras no Iraque e Afeganistão, Chelsea Manning passou sete anos encarcerada, antes que sua pena fosse comutada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama.