"Os trabalhadores do Novo Banco estão desprotegidos, face aos alegados processos que os 'lesados' emigrantes se propõem intentar, abrangendo quase 200 trabalhadores, bem como as ações que correm já, intentadas pelos 'lesados' residentes, sobre os trabalhadores do Novo Banco, que na boa fé comercializaram papel comercial do GES [Grupo Espírito Santo] (mais de uma centena já constituídos arguidos)", lê-se num comunicado do SNQTB.

Segundo o sindicato, "o Novo Banco terá preparado a contestação inicial, mas como as acusações são de burla, fraude, etc, configuram crimes públicos, em que as partes não poderão desistir".

E realçou: "Os trabalhadores vão ser chacinados, os 'lesados', no acordo que fizeram entre a CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários], BdP [Banco de Portugal], Governo, que abdicam de litigar contra aquelas entidades, seus representantes e contra o BES [Banco Espírito Santo] e o NB [Novo Banco], mas os trabalhadores ficaram de fora".

Esta tomada de posição por parte do SNQTB surge depois de ter sido anunciado o acordo entre o Governo, BdP, CMVM e os 'lesados' e 'indignados' do papel comercial do GES.

Em declarações à Lusa, o presidente do SNQTB, Paulo Marcos, destacou a importância deste acordo, que apelidou de "inteligente e bem-feito", mas vincou que os envolvidos se "esqueceram dos trabalhadores, o que cria uma situação desproporcional, já que não protege a parte mais fraca".

E rematou: "Tendo verificado que os trabalhadores estavam manifestamente ausentes de proteção jurídica que fora conferida a todas as entidades, o SNQTB escreveu ao Governo e ao Banco de Portugal alertando para a injustiça e pedindo a justa correção. Infelizmente, o SNQTB não obteve resposta das autoridades".

Durante as próximas duas semanas, membros do SNQTB vão visitar serviços centrais e balcões para recolher assinaturas.

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