"O anunciado encerramento da Caixa Geral de Depósitos em Almeida é uma brutalidade que não tem explicação conhecida a não ser aparentemente motivos e razões político-partidárias", afirmou o deputado do PSD Carlos Peixoto, em declarações aos jornalistas, no parlamento.

O deputado disse reconhecer que a reestruturação da CGD é um processo "inevitável e natural" mas frisou que o banco público "presta um serviço público" que lhe impõe "o dever de ela estar presente onde a oferta privada ou é escassa ou totalmente nula".

Segundo salientou Carlos Peixoto, a CGD tinha anunciado o encerramento de 69 balcões e, entretanto, decidiu manter abertos nove, dos quais oito situam-se "exatamente em câmaras lideradas pelo Partido Socialista". "Só num caso, Marvão", disse, o balcão da CGD está instalado numa sede de concelho liderada pelo PSD.

Para Carlos Peixoto, "não é aceitável que Almeida seja a única sede de concelho do país que vá ficar sem uma representação da CGD". "Perante isto, não se ouve uma palavra do primeiro-ministro, não se ouve uma palavra do ministro das Finanças, lavam as mãos como Pilatos, fingindo que a responsabilidade é só da CGD", criticou

Considerando que a responsabilidade pelas decisões de encerramento da CGD "não é só" da instituição bancária, o deputado afirmou esperar que "ainda seja possível reverter esta brutal injustiça".

Os habitantes e autarcas de Almeida voltam a reivindicar a manutenção do balcão na sede concelhia e hoje tencionavam entrar nas instalações pacificamente para pedirem informações sobre as suas contas bancárias.

A Junta de Freguesia de Almeida distribuiu um documento aos presentes onde considera que "o papel da administração da CGD em todo este processo tem sido de uma falta de transparência, de má-fé e de arrogância, a todos os níveis deploráveis".

A autarquia exige "tratamento igual a todas as outras sedes de concelho do país".

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