A informação era dada no convite da Câmara Municipal de Lisboa: a visita ao novo Parque Tejo, onde terá lugar a Jornada Mundial da Juventude, tinha um percurso definido desde perto da ponte ciclo-pedonal, em fase de conclusão, até à zona onde está a ser construído o palco. Pelo caminho, anunciava-se, a mostra dos equipamentos que cada zona do Parque Tejo – Lisboa vai ter durante a JMJ, como bebedouros e contentores de higiene urbana.

Visto de cima, com a visão de Deus ou de um pássaro, o percurso do Parque Tejo da Praça Gago Coutinho até quase ao altar que irá receber o Papa, pode assemelhar-se com alguma imaginação a um ponto de interrogação ou, em alternativa, a dois Ls contrapostos.

Um percurso que é feito em ruas ainda por acabar, de terra batida, que nos leva em direção ao rio. Antes de lá chegar, e tendo como meta o altar, exige uma primeira volta de 90º para a direita.

Ficamos então no caminho paralelo ao rio, a ponte Vasco da Gama em fundo, com uma inclinação não muito pronunciada; é altura para uma segunda volta de 90 graus de novo à direita e começa-se a avistar a estrutura que se adivinha ser a do palco que tanto já deu que falar.

O final do trajeto possível é novamente na direção da ponte Vasco da Gama e é o mais perto possível que se podia chegar do altar neste dia 10 de junho de "portas" abertas no novo espaço.

O passeio é agradável, dura aproximadamente uma hora sem apressar o passo, e permite desfrutar da paisagem do futuro parque da cidade recuperado do abandono e do desaproveitamento.

É esta a graça duradoura da Jornada Mundial da Juventude: com ela, a cidade vai beneficiar de um belíssimo parque à beira rio com uma ponte e passagem pedonal.

Do que foi visto e dos que foram vistos, fica aqui o registo: famílias, novos e velhos, crianças e cães fizeram, em número alargado, esta via que será santa em agosto, viram a recuperação dos terrenos, os caixotes do lixo empilhados, logo à chegada, as casas de banho de madeira ainda por distribuir pelos locais finais e o altar em construção, se bem que ao longe, como será para a maioria que vier nos dias da missa na JMJ.

Mas reinava o bom ânimo entre os transeuntes, porque as melhorias já se notam e porque o tempo esteve de feição.