A marcha é “um movimento internacional feminista que não subscreve nenhuma ideologia política em particular” nem parte “de nenhuma organização oficial”, visando apenas a “igualdade de direitos, independentemente de géneros, orientação sexual, raça ou credo”, explicou à Lusa a organizadora Luísa Cativo.

“O que pretendemos, acima de tudo, é que a mulher seja cada vez mais autónoma e determinada por ela própria, e não pelas pressões ou expectativas da sociedade em relação ao seu género”, referiu.

O evento, acrescentou, procura mostrar indignação e lutar para que “todos possam ser o mais livre possíveis” sem que sofram “violência ou assédio por causa disso”.

O percurso começará na Praça Carlos Alberto e terminará na Praça D. Filipa de Lencastre, passando pela Cordoaria e pela Praça dos Leões, percorrendo a “zona de vida noturna do Porto”, que representa “o público-alvo” da organização, explicou.

A iniciativa é mais focada “nas mulheres e noutras minorias”, mas pode participar “qualquer pessoa que se reveja nos objetivos do evento”, bastando apenas “estar presente”, sem qualquer tipo de roupa ou acessórios obrigatórios.

“[Os participantes] têm liberdade de auto expressão, é esse o objetivo da marcha no final de contas”, frisou.

Não havendo registo de dados oficias, a organizadora reconhece que desde de 2011, ano da primeira edição, se têm juntado mais pessoas à causa, acreditando que “vai havendo uma maior desmitificação da marcha e dos princípios” a ela associados.

Na cidade do Porto, o grupo que organiza a Marcha das Galdérias é composto por cerca de 15 pessoas envolvidas ativamente, trabalhadoras e de classe média, com idades compreendidas entre os 20 e os 35, das mais diferentes áreas, como criminologia, fotografia, comunicação, política e organização de eventos.

“É um grupo muito diversificado que tem em comum a vontade de querer mudar a sociedade e o papel da mulher no espaço público”.

A marcha regista já quatro edições: em 2011, ano da sua criação, 2012, 2015 e 2016.

A marcha é organizada à semelhança de outras já realizadas, a começar pela de Toronto que deu início ao fenómeno global denominado por 'SlutWalk' depois de um polícia ter dito que as mulheres deviam evitar vestir-se como “galdérias” para não serem vítimas de ataques sexuais.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.