Em declarações à agência Lusa, o diretor de comunicação da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS) sustenta que “a redução da carga fiscal, nomeadamente do IRC [Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas], permitiria às empresas criarem riqueza para que, posteriormente, a pudessem distribuir pelos seus colaboradores”.

“A carga fiscal que incide sobre as empresas é demasiadamente excessiva e impede-as de serem mais competitivas”, considera Paulo Gonçalves.

Adicionalmente, a APICCAPS afirma que os apoios à internacionalização das empresas atualmente existentes “são escassos”: “Para um setor como o calçado, que exporta mais de 95% da sua produção e concorre em mercado aberto, é imprescindível criar novos instrumentos que permitam fomentar o crescimento nos mercados externos”, defende.

Salientando que o setor exportador nacional “tem dado um contributo de grande relevância para a economia nacional”, numa altura em que “os principais parceiros comerciais de Portugal apresentam um desempenho muito modesto”, a APICCAPS aponta estas como “duas prioridades em matéria política”.

“Só dessa forma será possível que as empresas criem riqueza para, posteriormente a distribuírem tanto pelos colaboradores como pela comunidade”, remata.

A proposta do OE2024 tem que ser entregue na Assembleia da República até terça-feira.