Ouvida no parlamento a propósito das transferências para ‘offshore', tema que tem marcado a agenda política e económica nas últimas semanas, Helena Borges escusou-se a detalhar sobre os destinos das transferências, mas destacou que as "empresas não residentes" formam o grosso das transferências e, advogou, "isso talvez seja um elemento relevante".

E concretizou, em resposta ao deputado do PS Fernando Anastácio: "Haverá outras leituras, mas este é um aspeto que me parece relevante".

A responsável do Fisco remeteu mais esclarecimentos para a auditoria em curso desenvolvida pela Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre o caso noticiado inicialmente pelo jornal Público.

No começo da sua audição na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA), Helena Borges havia declarado não ter ainda "evidência nenhuma" do que pode ter levado a que quase 10.000 milhões de euros tenham sido transferidos para 'offshore' sem controlo do Fisco.

"Até ao momento, não temos evidência nenhuma do que pode ter provocado esta anomalia", afirmou, sobre a saída de quase 10.000 milhões de euros para 'offshore' entre 2011 e 2014.