Segundo o bastonário, a ideia é definir para cada especialidade um tempo padrão de consultas, que se traduz num tempo mínimo de intervalo entre marcação de consultas.

“A definição das boas práticas médicas é uma atribuição da Ordem dos Médicos. Nesta perspetiva, é óbvio que a Ordem vai definir o que são as boas práticas, que terão de ser cumpridas no serviço público e privado. Vamos definir com bom senso, colégio [de especialidade] a colégio, com base também no que são os indicadores internacionais”, explicou à agência Lusa o bastonário, Miguel Guimarães.

O bastonário tem assumido, desde que tomou posse em fevereiro, a sua preocupação com a perda de qualidade da relação entre médico e doente e com a humanização dos cuidados de saúde, frisando que os tempos de consulta são cada vez mais curtos.

Os tempos padrão serão definidos de acordo com cada especialidade, mas tem de haver definição clara de um mínimo de intervalo entre a marcação de cada consulta.

“Se definirmos que o tempo mínimo [de intervalo entre consultas] é tal, então quer dizer que não pode ser menos que isso. Se for de 15 em 15 minutos, uns doentes vão demorar 10, outros 20 e outros 30. Mas os doentes vão ser marcados de x em x tempo para dar tempo aos médicos para estarem com os doentes”, disse Miguel Guimarães, a título exemplificativo, sem qualquer referência real aos minutos a definir.

O bastonário reconhece que na medicina geral e familiar a escassez de tempo com o doente é particularmente complicada, porque os médicos de família abarcam um conjunto vasto de conselhos ao doente e de cuidados.

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