Durante a manhã do terceiro dia da visita a Portugal, Francisco vai confessar alguns Jovens na ‘Cidade da Alegria’, em Belém, onde estão montados os 150 confessionários para os peregrinos.

A passagem por Belém vai ser breve e pelas 9:45 o chefe da Igreja Católica vai encontrar-se com os representantes de alguns centros de assistência sócio-caritativa no Centro Paroquial de Serafina, uma visita muito esperada pelo cónego Francisco Crespo, responsável pelo centro social, que disse ser “uma Graça extraordinária” que nunca imaginou ser possível.

Com diversas valências, apoiando desde crianças a idosos, o Centro Social Paroquial São Vicente de Paulo, no Bairro da Liberdade, foi construído gradualmente pelas mãos do cónego Francisco Crespo para responder às necessidades dos bairros da Liberdade e da Serafina, na freguesia de Campolide.

A última obra do Centro Social Paroquial São Vicente de Paulo foi a igreja, inaugurada em 2000, e que deverá ser o local onde o Papa Francisco fará o seu discurso durante a visita à instituição.

Depois da visita, Francisco tem agendado um almoço com jovens na Nunciatura Apostólica (a embaixada do Vaticano em Lisboa), onde está hospedado.

Ao final da tarde, regressa ao Parque Eduardo VII, por estes dias renomeado ‘Colina do Encontro’, depois de ali ter tido, na quinta-feira, o primeiro encontro oficial com os peregrinos que participam na Jornada, na cerimónia de acolhimento.

Hoje, o Papa vai acompanhar como peregrino a Via-Sacra que terá como tema de fundo "a "vulnerabilidade e a fragilidade" com que todos se confrontam no dia a dia.

De acordo com o padre João Goulão, diretor do Centro Universitário Padre António Vieira, nas 14 estações da Via-Sacra, que decorrerá ao longo de cerca de 90 minutos, o Papa estará no palco, acompanhando o desenrolar da celebração como os restantes peregrinos.

Quanto aos temas que vão ser refletidos, estão "a fragilidade e as feridas que todos atravessam (…), a fragilidade da Igreja, a fragilidade da sociedade", com base numa "grande auscultação mundial, através do Dicastério dos Leigos e da Família.

O dia será também marcado por uma manifestação na Praça do Martim Moniz, em Lisboa, contra a realização da JMJ e contra a Igreja Católica, organizado pelo movimento de cidadãos “Sem Papas a Língua”, que contestam os “elevados gastos públicos por parte do Estado e das autarquias com este acontecimento religioso”.