No texto hoje aprovado no hemiciclo de Estrasburgo — com 488 votos a favor, 11 contra e 128 abstenções -, os eurodeputados condenam veementemente a violência e as execuções em massa que continuam a ser perpetradas pelo EI no Iraque e o “regime draconiano” que impôs em Mossul, apelando ao pleno respeito dos direitos das diferentes minorias étnicas e religiosas no país, em particular os yazidis, os caldeus/siríacos/assírios e os turcomanos.
Esta posição foi adotada no mesmo dia em que o Parlamento Europeu atribuiu o “Prémio Sakharov” 2016 de Liberdade de Expressão a duas ativistas da comunidade yazidi do Iraque, Nadia Murad Basee e Lamiya Ali Bashar, escravizadas sexualmente pelo grupo Estado Islâmico durante meses.
Na resolução adotada, a assembleia expressa também “profunda preocupação com as informações constantes sobre a utilização pelo Estado Islâmico de crianças, idosos, mulheres e pessoas vulneráveis como escudos contra as operações militares que estão em curso para a libertação do Norte do Iraque”.
Os eurodeputados exortam todas as partes no conflito a respeitarem o direito humanitário internacional, durante e após as hostilidades, e a tomarem todas as precauções necessárias para que as crianças e as suas famílias sejam protegidas dos bombardeamentos, bem como escolas e hospitais.
O PE espera ainda que todos os crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos pelo EI no Iraque, na Síria, na Líbia e noutras partes do mundo sejam julgados pelo Tribunal Penal Internacional.
Comentários