A esquerda liderada pela França Insubmissa voltou a recorrer à fórmula da moção, antes de o Governo recorrer de novo à ativação de um artigo da Constituição que o autoriza a forçar a aprovação parlamentar de certas leis, procedimento que usou para aprovar a maior parte do orçamento para 2023.

A bancada da extrema-direita, que numa ocasião anterior apresentou a sua própria moção, anunciou hoje, em comunicado, que se limitará a juntar-se à que já está em cima da mesa.

“O voto comum de uma moção de censura não é obviamente uma aliança política”, esclareceu a União Nacional de Marine Le Pen.

Numa entrevista à France 2, Le Pen voltou a visar os republicanos, representação da direita moderada que optou por se abster nas moções anteriores.

Tal como então, os republicanos ficam na posição de aliados indiretos do Executivo da primeira-minitra, Elisabeth Borne.

A líder da extrema-direita repreendeu-os por quererem “apoiar o Governo” face ao que considera ser um sentimento maioritário da oposição.

“Devemos perguntar aos candidatos dos republicanos: estão na oposição ou na bancada de Emmanuel Macron?”, o Presidente francês, declarou Le Pen.