As escutas telefónicas permaneceram até ao início de 2017, quando se sabia que Manafort conversava com o atual presidente, destaca a CNN. Manafort foi chefe da campanha de Trump entre junho e agosto de 2016.

Não é claro se Trump foi gravado nas escutas e a Casa Branca recusou-se a comentar o sucedido. O porta-voz do antigo chefe de campanha de Trump também não teceu quaisquer declarações.

No passado, Trump acusou o então presidente, Barack Obama, de realizar escutas ilegais na Trump Tower, algo sobre o qual o departamento de Justiça declarou não ter provas, no início deste mês.

Segundo a CNN, três fontes referiram que as escutas despertaram a preocupação de que Manafort estivesse incitando os russos a ajudar Trump na campanha.

Duas das fontes destacaram que as gravações não foram conclusivas sobre a suspeita.

Manafort foi colocado sob investigação em 2014, devido à sua atuação em grupos de consultoria de Washington a favor do então partido no poder na Ucrânia. O processo foi suspenso em 2016, por falta de provas, mas acabou por ser retomado e permaneceu até ao início de 2017.

O retomar das investigações estava relacionado com uma investigação do FBI sobre contactos entre a campanha de Trump e agentes russos, segundo fontes da CNN.

Em agosto, um porta-voz do antigo diretor de campanha de Donald Trump disse que agentes da polícia federal fizeram buscas numa das residências do consultor político. Manafort cooperou com os agentes, como tem feito “consistentemente”.

Manafort, que nega qualquer irregularidade, aceitou colaborar com as comissões do Senado que investigam o caso, tendo entregado documentos que lhe foram pedidos.

Segundo o jornal Washington Post, as buscas foram realizadas na madrugada de 26 de julho, na residência de Manafort em Alexandria, Virgínia, cerca de 11 quilómetros a sul da capital federal, Washington D.C.

Nas buscas foram apreendidos documentos e outros materiais, segundo fontes próximas da investigação citadas pelo jornal.