“A questão que se coloca é que nós não estamos perante um caso isolado, o que se torna num problema, sendo mais um caso a somar a um conjunto de situações que todos nós vamos acompanhado”, afirmou o secretário-geral do PCP aos jornalistas, em Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda.

Paulo Raimundo acrescentou que Portugal “não é um lamaçal, porque há mais gente boa que gente má” no país.

“No nosso país há gente honesta, pessoas com capacidade de assumir compromissos públicos. O que nós precisamos é que esta gente boa, séria e comprometida com a vida de cada um e com o próprio país tome nas mãos os destinos do país. Esta é que é a grande questão”, defendeu.

Na sexta-feira, o Presidente da República aceitou a exoneração de Marco Capitão Ferreira, proposta pelo primeiro-ministro, António Costa.

A proposta de exoneração foi divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro pelas 09:00, com a indicação de que “lhe foi transmitida pela ministra da Defesa Nacional [Helena Carreiras], a pedido do próprio”.

O secretário de Estado da Defesa demissionário foi, entretanto, constituído arguido no âmbito do processo “Tempestade Perfeita”, que levou a Polícia Judiciária a fazer buscas no Ministério da Defesa.

Marco Capitão Ferreira é suspeito dos crimes de corrupção e participação económica em negócio.

“Nós estamos perante um situação que perante o ponto de vista judicial está a ser acompanhada, esta é a questão de fundo. E podemos dizer que a justiça está a correr e está a fazer o seu papel”, frisou o secretário-geral do PCP, à margem de uma visita ao Museu do Côa.