Em comunicado, os comunistas apontam a notícia de que o sistema de vídeo vigilância do paiol estava “inoperacional há dois anos”, concluindo que a situação é reveladora do “estado de degradação a que as opções políticas de sucessivos Governos, e de forma mais violenta do anterior Governo PSD/CDS-PP, conduziram as Forças Armadas”.

“Uma degradação nos planos de material, pessoal e dos direitos dos militares”, prossegue o texto do PCP.

Para justificar a sua posição, o partido aponta o caso da retirada de direitos aos militares e seus familiares na sequência de uma alteração à lei introduzida pelo executivo de Pedro Passos Coelho.

“Ilustrativo da retirada de direitos dos militares é a situação que envolve o apoio aos familiares de militares, como seja a do militar recentemente falecido no Mali, resultante da alteração à lei, por parte do Governo PSD/CDS-PP, que fez com que os beneficiários deixassem de receber o equivalente a seis vezes o salário bruto do funcionário público falecido, e passassem a receber três vezes o indexante de apoio social, que está agora fixado em 421,32 euros, restando ainda perceber exatamente como está tudo o que diz respeito a seguros e apoio aos militares nas denominadas forças nacionais destacadas”, sublinha o PCP.

O Exército anunciou na quinta-feira que foi detetada quarta-feira ao final do dia a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois ‘paiolins’, tendo desaparecido granadas de mão ofensivas e munições de calibre 9 milímetros.

Fonte do ramo contactada pela Lusa adiantou que até ao momento foi detetada a falta de “cerca de uma centena” de granadas de mão ofensivas.

“Os incidentes foram detetados por uma ronda móvel, elemento do sistema de segurança dos Paióis”, refere o comunicado.

Também na quinta-feira, o ministro da Defesa reconheceu, em Bruxelas, que o roubo de granadas de mão ofensivas e munições das instalações militares dos Paióis Nacionais de Tancos “é grave” e garantiu que não ficará “nada por levantar” nas averiguações.

“Evidentemente é um facto grave, não vale a pena estar a desvalorizar esse facto. É sempre grave quando instalações militares são objeto de ação criminosa tendente ao furto justamente de material militar”, para mais quando “não foi roubada uma pistola, não foram roubadas duas, foram roubadas granadas”, disse Azeredo Lopes.

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