"O problema é que nas primeiras horas [a seguir incêndio], tudo estava a caminhar para combater a burocracia e parece-me que já está a querer aparecer a burocracia que não vamos aceitar. Já estão a aparecer ziguezagues [nas diretrizes superiores]. que não vamos aceitar", afirmou Valdemar Alves à agência Lusa.

O autarca falava à margem da sessão extraordinária que a Comissão dos Direitos Humanos, Questões Sociais e Assuntos da Natureza da Ordem dos Advogados (CDHQSAN) realizou em Pedrógão Grande, conjuntamente com as suas congéneres dos Engenheiros e dos Arquitetos, para apresentar um conjunto de propostas a desenvolver perante a tragédia dos fogos que afetou a região.

Realçou ainda a manifestação de solidariedade das três ordens profissionais: "É muito importante. São realmente os profissionais indicados para nos ajudar e até, pelas mãos dos juristas, a corrigir alguns ziguezagues que já existem nas diretrizes superiores. Não pode ser assim".

Valdemar Alves, sem querer concretizar as diretrizes superiores ou de onde emanam, adiantou que vai reunir com os autarcas dos outros municípios afetados para analisar algumas dessas diretrizes.

“Estão a surgir de vários lados e que não estamos a gostar".

Um incêndio florestal de grandes proporções, que deflagrou no dia 17 de junho em Pedrógão Grande, provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.